As questões políticas internas e externas muitas vezes mostram dois lados de uma mesma moeda.Muitos veículos de comunicação esquecem de mostrar esses lados por tendências ideológicas e/ou partidárias.
Na política interna, temos a última do presidente Lula( sobre os jornais darem azia), ridicularizada ou defendida pelo jornalismo brasileiro.No Direto da redação, o jornalista Mair Pena Neto esclarece que, por mais que pareça ignorância, o presidente talvez estivesse criticando a parcialidade e falta de qualidade da imprensa brasileira.Não ler os jornais brasileiros significaria necessariamente ser desinformado?
Por outro lado, a revista semanal Veja ironiza a situação, fazendo um apelo claro ao argumento de “não estuda, não lê jornais e ainda quer ser presidente?”.Os dois lados podem estar certos, é só uma questão de ponto de vista, afinidade politico-ideológica etc.
Já a política externa reflete uma crise diplomática dentro do Brasil.O ministro da Justiça, Tarso Genro, criou uma polêmica ao conceder refúgio político à Cesare Battisti, ex- membro de uma organização de extrema esquerda.De um lado, novamente no Direto da redação , os prós e contras são analisados por Rui Martins, que disseca as relações políticas e simbólicas por trás da briga internacional por Battisti.Uns estão do lado da Itália, outros do Brasil.A revista Veja, por sua vez, coloca uma questão curiosa: “Se ele fosse um fascista, vocês aceitariam?”.Ou seja, será que nossa simpatia por Battisti é pura afinidade ideológica?Estamos esquecendo de um criminoso?

Tarso Genro teria sido levado pela afinidade ideológica?Ou a Itália e seu presidente de direita, Silvio Berlusconi, estão "metendo o nariz onde não são chamados"?
A verdade é que não existe consenso nesses dois casos atuais da política brasileira.Não é uma questão de “em cima do muro”, mas um conflito interno, que nos obriga a escolher um lado.