Arquivo da categoria: relações internacionais

Fim da Segunda Guerra Mundial completa 64 anos

O conflito que marcou o século XX e envolveu o genocídio de diversos grupos étnicos chegou ao fim no dia 8 de Maio de 1945. Os Aliados haviam acordado que o dia 9 de Maio seria o da celebração do final da Segunda Guerra Mundial. Todavia, os jornalistas ocidentais lançaram a notícia da rendição alemã mais cedo do que era previsto, precipitando as celebrações para o dia 8 de maio no Ocidente.

O dia foi motivo de grandes celebrações, especialmente em Londres, onde mais de um milhão de pessoas festejaram o fim da guerra na Europa, embora os racionamentos de comida e vestuário continuassem por mais uma série de anos. Em Londres, particularmente em Trafalgar Square e no Palácio de Buckingham, juntaram-se grandes massas de população.

A União Soviética manteve as celebrações para a data combinada, por isso que o fim da Segunda Guerra Mundial, conhecida como a Grande Guerra Patriótica na Rússia e outras zonas da antiga URSS, é celebrado no dia 9 de Maio. Até hoje, esse dia possui grande importância no país, já que dentre os aliados, A União soviética teve as maiores baixas da guerra (cerca de 27 milhões de pessoas), além de ter o seu território invadido.

O Dia da Vitória (Den’ Pobedy, em russo) representou o final do conflito mais sangrento vivido pela  humanidade.Com duas bombas atômicas e batalhas épicas como as de Stalingrado e Iwo Jima, marca não só o final de uma era, como também o início de uma Nova Ordem Mundial: A Guerra Fria.

A praça vermelha vira o centro das atenções da Rússia nesse dia e representantes políticos de vários países acompanham os tradicionais  desfiles militares.Apesar de já ser uma tradição, esses desfiles têm preocupado a comunidade internacional, pois o governo russo fez questão de exibir parte do seu arsenal nuclear nos últimos desfiles de 9 de Maio.Em tempos de crise, gripe suína, Obama e cia, será que a Rússia manterá esse postura?É o que veremos amanhã…

Feliz Den’ Pobedy para todos!

Quem comeu a minha língua?

Cadê o verde e amarelo?

O preconceito é uma forma de pensamento que se mostra muito mais forte quando velado.Geralmente, quando se pensa nele, a imagem do Klu Klux Klan ou de nazistas é a primeira que aparece.Mas,na verdade, o preconceito serpenteia por vários ramos de pensamento, alcançando diversos setores culturais e étnicos, como a língua.

A relação de hierarquia pode surgir tanto entre idiomas diferentes, quanto dentro da própria língua.No Português, por exemplo, as variações são exaltadas ou ridicularizadas, dependendo do poder político e econômico que a região apresenta.O sotaque nordestino é mostrado como símbolo da pobreza, ignorância, enquanto que o carioca representa o “Brasil bonito”, das praias,das novelas.Por que isso acontece?Será que o do nordeste é errado e o do centro-sul é o certo?Para a Linguística, não existe certo nem errado, quando o objetivo maior, a comunicação, é efetuado.

No mundo, também se observa o poder de um idioma sobre o outro:o inglês acabou virando obrigatório em qualquer currículo, dissemina-se pelo cotidiano e vende sua imagem de “língua universal”.A inter-relação entre idiomas não deveria expandir um em detrimento do outro, já que a troca de palavras e  sotaques só enriqueceria o vocabulário. A realidade é que foram fincadas bandeiras nas nossas línguas, que não conseguem mais dizer cachorro-quente, mas hot dog.

Chico Bento, personagem criado por Mauricio de Sousa, reflete o preconceito linguístico entre o modo de falar da cidade e do campo.

Chico Bento, personagem criado por Maurício de Sousa, reflete o preconceito linguístico entre o modo de falar da cidade e do campo.

Não apenas o Português vivencia essa colonização arbitrária.Toda vez que o trono do mundo muda, a língua do rei vira língua de todos.Para impedir que a comunicação entre os países ficasse relacionada ao poder e hegemonia cultural, Ludwik Łazarz Zamenhof inventou o Esperanto, idioma planejado para vencer as barreiras culturais e étnicas entre os países, funcionando como uma verdadeira “língua universal”.A ideia ganhou força e hoje o Esperanto é a língua planejada mais falada do mundo.

Apesar disso, o inglês continua expandindo seus poderes.Para a maioria dos brasileiros, não é tão ruim conviver com as loja’s, mas para os orientais é um suplício aprender a língua de Shakespeare, Mark Twain e Capitão América.O mandarim, com os mais de três mil ideogramas diferere no tronco linguístico, alfabeto e sintaxe do inglês,portanto, os chineses e outros povos orientais apresentam uma dificuldade imensa para aprender os verbos irregulares e adquirir fluência, diferente do que ocorre com a maioria dos brasileiros.

A nação mais poderosa do mundo falar inglês NÃO tem nada a ver com a sua influência na nossa língua [/ironia][ironia]A nação mais poderosa do mundo falar inglês NÃO tem nada a ver com a sua influência na nossa língua [/ironia]

Até quando veremos filmes americanos sobre Segunda Guerra Mundial mostrando alemães e russos falando inglês e se entendendo?Por que os filmes alemães ou russos do mesmo tema colocam até 4 idiomas diferentes na mesma projeção?Houve uma época em que tudo era escrito em Latim, que o chique era o Francês e que se falava com Deus em Espanhol.Mas, assim como seus impérios, essas línguas perderam o seu trono.Quando o mundo esquecer da monarquia e, de fato, abraçar a democracia, serão ouvidas  todas as vozes culturais, mesmo com instrumentos diferentes, tocando a sinfonia da diversidade.

Saiba mais sobre o Esperanto em:

Artigo do Nebulosa nerd’s bar

Muito humor e informações sobre o idioma.

Esperanto na Wiki

A boa e velha Wikipédia com outros detalhes da vida do criador da língua planejada mais popular do mundo.

[Créditos: tirei umas pitadas dos sites acima.O texto foi feito para minha aula de Introdução ao Jornalismo: Ética.]

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Os dois lados da política.

As questões políticas internas e externas muitas vezes mostram dois lados de uma mesma moeda.Muitos veículos de comunicação esquecem de mostrar esses lados por tendências ideológicas e/ou partidárias.

Na política interna, temos a última do  presidente Lula( sobre os jornais darem azia), ridicularizada ou defendida pelo jornalismo brasileiro.No Direto da redação, o jornalista Mair Pena Neto esclarece que, por mais que pareça ignorância, o presidente talvez estivesse criticando a parcialidade e falta de qualidade da imprensa brasileira.Não ler os jornais brasileiros significaria necessariamente ser desinformado?

ignorância ou critica à imprensa brasileira?

Lula: ignorância ou crítica à imprensa brasileira?

Por outro lado, a revista semanal Veja ironiza a situação, fazendo um apelo claro ao argumento de “não estuda, não lê jornais e ainda quer ser presidente?”.Os dois lados podem estar certos, é só uma questão de ponto de vista, afinidade politico-ideológica etc.

Já a política externa reflete uma crise diplomática dentro do Brasil.O ministro da Justiça, Tarso Genro, criou uma polêmica ao conceder refúgio político à Cesare Battisti, ex- membro de uma organização de extrema esquerda.De um lado, novamente no Direto da redação , os prós e contras são analisados por Rui Martins, que disseca as relações políticas e simbólicas por trás da briga internacional por Battisti.Uns estão do lado da Itália, outros do Brasil.A revista Veja, por sua vez, coloca uma questão curiosa: “Se ele fosse um fascista, vocês aceitariam?”.Ou seja, será que nossa simpatia por Battisti é pura afinidade ideológica?Estamos esquecendo de um criminoso?

Tarso Genro teria sido levado pela afinidade ideológica?Ou a Itália e seu presidente de direita, Silvio Berlusconi estão metendo o nariz onde não são chamados?

Tarso Genro teria sido levado pela afinidade ideológica?Ou a Itália e seu presidente de direita, Silvio Berlusconi, estão "metendo o nariz onde não são chamados"?

A verdade é que não existe consenso nesses dois casos atuais da política brasileira.Não é uma questão de “em cima do muro”, mas um conflito interno, que nos obriga a escolher um lado.

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Níveis de idiossincrasia das nações (NIN)

[Esse post não é sério]

As relações entre os países no âmbito diplomático e cultural podem ser analisadas a partir de uma analogia entre elas e as relações entre pessoas.Em síntese, às vezes, por brincadeira, podemos fazer comparações entre o comportamento internacional de determinados países.No grande jogo de xadrez que são as relações internacionais, cada país cumpre seu papel, influencia e é influenciado.A partir desse contexto surge o NIN, uma forma divertida de encarar o comportamento diplomático dos países.

Eu fiz abaixo, uma brincadeira, preconceituosa aliás, sobre as impressões que determinados países fazem mundialmente.

https://i0.wp.com/br.geocities.com/carolinesanitarista/legenda.JPG

Legenda

China : É aquele tipo de pessoa que todos odeiam o comportamento, mas ninguém comenta.Primeiro porque dependem dessa pessoa, segundo, porque apesar do comportamento, essa pessoa consegue tudo o quer.Cresce rápido, economicamente falando.

Nível de idiossincrasia: 100

Argentina: Nem preciso comentar.É a falsa pompa ou “caboclos querendo ser ingleses”.Um país que arrota em francês, mas na verdade é mais um na América latrina latina, com seu subdesenvolvimento, pobreza etc.Pessoas assim, é claro, existem aos montes.

Nível de idiossincrasia: 2

México: Azarado.É aquele pobre menino magrinho que é obrigado a sentar do lado do “valentão” da classe.Desde então, tem que ficar fazendo de tudo, se não apanha.

Nível de idiossincrasia: -0,4999999….

Brasil: O puxa-saco.É aquele malando, que puxa o saco de todos os outros por se achar inferior.Aceita qualquer imposição cultural.É aquele tipo de pessoa com problemas de personalidade e submissão.Dá seu jeito para tudo, mas não sabe se impor.

Nível de idiossincrasia: 1

Índia: Entre Gandhi e castas, é aquela pessoa que ainda guarda algumas tradições.Porém, não pode ver coisas novas, sobretudo tecnologia, que surta.É mais ou menos como videntes usando cartão de crédito.

Nível de idiossincrasia: 5

Rússia: Cabeça-dura.Não aceita perder de jeito nenhum, mesmo que o país esteja falido, o sistema tenha ruído e não há mais nada para fazer.Gostam de expressar a opinião, mas odeiam que os outros expressem.Pessoas assim, geralmente são rancorosas, egoístas e autoritárias.Por um lado, negam as diretrizes mundiais, resistindo economicamente e culturalmente às influências.Por outro, acaba sendo uma voz sozinha que não sabe o que é democracia nem tolerância.

Nível de idiossincrasia: 130

EUA: O arrogante.É aquele tipo de pessoa que acha que o mundo está aos seus pés, que não existe voz para para-la, que não existem limites para o seu poder.São tão cegas e vaidosas, que acabam criando sua própria ruína.Acham que influenciam o mundo todo, mas no fundo, também são influenciadas.Resumindo: é aquela pessoa que vive com o nariz empinado e não vê o buraco no chão.

Nível de idiossincrasia: 60

[Semana que vem tem mais.Tem mais NIN , mais desenhos do Fábio sobre “Natais modernos demais”.Aguardem!]

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Dicas de presentes

Bush it, com certeza o melhor presente para toda família.Em tempo, o presidente levou uma “sapatada” de um jornalista afegão em sua visita ao Oriente Médio.Entre crise mundial, guerras e protestos, o governo dos EUA termina com “chave de ouro”, sem dúvida.

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