O não-ilustre escritor conhecido.

Quando pensamos em Literatura, rapidamente nos vem a idéia de passado, dos românticos boêmios, dos modernistas irreverentes.Em tempos “pós-modernos” como esse, é difícil definir o que ainda é considerado a arte de escrever.Na verdade, essa é uma realidade que engloba todos os aspectos da arte contemporânea: a indefinição.

Apesar da qualidade literária beirar o subjetivismo, existem certos pontos a levar em consideração.Primeiro, a Arte, para marcar uma geração, precisa de pioneirismo, originalidade, tanto no tema quanto na linguagem.A inovação poética e a capacidade de promover alguma reação no leitor são fundamentais.Paulo Coelho, assim como os fenômenos “pop” de “Harry Potter”, “O código da Vinci” e “Quem mexeu no meu queijo?”, são exemplos de uma explosão de vendas, porém com valor literário questionável.J.K Rowling, autora da série “Harry Potter”, criou uma verdadeira colcha de retalhos : um pouco de tudo já publicado, bruxaria, mitologia e enredo previsível, não induzindo à reflexão, mas mergulhando em um mundo medieval mistíco.

Se esses autores despertam interesse na leitura, disso não há dúvida.No entanto, isso não justifica esquecer do senso crítico, pois assim como as lanchonetes de “fast-food” saciam a fome, não deixam de ser lixo comestível.Um verdadeiro escritor não se mede pelo número de leitores, mas pelo impacto sócio-cultural de suas obras, então, só porque vivemos em um país de poucos leitores, não significa que qualquer excremento literário deve ser venerado.Existem outras mentes querendo espaço para se expressar, ofuscadas pela “badalação” desses pseudo-escritores.Logo, como cadeiras ocupadas por Guimarães Rosa,poderiam aceitar Paulo Coelho pelo seu número de vendas e não pelo talento?

Assim como a televisão, o livro também possui o poder de abrir ou fechar mentes, sendo um veículo de comunicação, não importa se é uma revista, internet ou TV, e sim o conteudo que essas ferramentas podem oferecer.

OBS:

Em primeiro lugar, eu sinto muito pela nossa desatualização, eu estou sem computador até o dia 25 de Novembro, então, paciência.Espero que todos aguardem e continuem a visitar/divulgar nosso blog.Obrigada pelos comentários, até pelo prêmio que nós recebemos do blog da regganata.

Grata pela compreensão,

A administradora.

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17 pensamentos sobre “O não-ilustre escritor conhecido.

  1. Fábio disse:

    Sou um inútil.Estou lendo Musashi e tenho O Código da Vinci em casa.

  2. teencontrodepoisdachuva disse:

    Já li o código da vinci, uns três ou quatro do Paulo coelho e Leio e releio a coleção completa de Harry Potter, Céus! Vou cortar o pulso e arrastar o bico do peito no asfalto!

    Gosto do que é escreto aqui, mas discordo de algumas coisas dessa vez…

    Talvez os livro sejam super bem vendidos porque eles são agradáveis, não? Afinal de contas ngm disse que comer livro saudavel e ler comida fast-food era um crime contra o mundo sabido. o/

    Mas lamento, também, que grandes obras são deixadas de lado, mas nao por culpa dos se autores e sim por total visão de capitalista de livrarias e afins.

  3. teencontrodepoisdachuva disse:

    escrito*

    ê, brincadeiras à parte.
    beijos

  4. Caroline disse:

    Acho importante você discordar, porque faz parte da política do jornal.Entendo sua posição.Mas continuo achando boa parte desse tipo de leitura comercial demais.Ou são de auto ajuda e exploram a depressão alheia ou então vem com um mundo mágico adolescente de enredo muito frágil.Eu li Harry Potter e nao vi graça nenhuma.Os filmes se sustentam no máxim o pelos efeitos de ótima qualidade, mas a história em si não tem um ar especial, de mistério.Existe leitura de tudo quanto é tipo, assim como filmes,exstem filmes besteiróis para rir no final de semana e existem os filmes que são mais ‘cult’, mas o que eu estou contestando aqui é a badalação excessiva, J.K Rowling ficou milionária com uma história medíocre.

  5. teencontrodepoisdachuva disse:

    Acho que cada um tem seu ponto de vista e seu direito critico, mas continuo dizendo: não é uma história mediocre e ponto. Durante o tempo entre a primeira e a segunda edição, eu também achava uma histrória mediocre e sem muito o que fazer, mas não é só isso. Uma diversão é garantida, bem, mas como já disse o senso critico de cada um é de cada um.
    Mas medíocres mesmo são os que usam da depressão dos outros para ganhar dinheiro. Certo… Os especialistas estão ai pra isso, mas a grade diferença de ir a um especialista e comprar uma livro destes é: com o medio tem solução com os livros é pura enganação, só errolação pra encher linguiça.

  6. teencontrodepoisdachuva disse:

    e a história é tão mediocre assim que ela ficou milionária. Nossa!
    Acho que as coisas estão com as visões trocadas, acho, eu, que os escreitores não fazem belas histórias já com pensando no dinheiro, não?! Isso é conseqüencia. Mas se for este o motivo maior para se escrever hoje, poxa, que pena. Talvez seja por isso que sejam desconhecidos…

  7. Fábio disse:

    Falando desse jeito,que J.K.Rowling ficou milionária com uma história medíocre,parece até que você é a dona da verdade,Carol.Muitas pessoas leram e gostaram bastante de Harry Potter,mas não por ser uma modinha como outras que estão por aí,e sim porque gostaram realmente.Isso não significa que quem lê Harry Potter não tem senso crítico.Eu nunca li esse livro,mas essa é minha opinião.

  8. Caroline disse:

    Não me acho dona da verdade Fábio, tanto que aceitei as críticas da moça acima e as suas.Mas é a minha opinião.Eu acho que uma história como Harry Potter não te leva a filosofia nenhuma, eu já li alguns livros, já vi todos os filmes, e honestamente, nada me surpreendeu.Eu não sai daquela sala de cinema refletindo sobre minha vida, nem sobre a realidade, nem sobre nada, não tem mensagem, fora que eu acho esse negócio de bruxaria uma mania new age muito ridícula.
    Olha, você mesmo leu Memórias Póstumas de Brás Cubas e se tem um pingo de sensibilidade, percebeu todas as críticas, as descrições da sociedade que essa história trás.Por isso Machado se consagrou, porque ele toca nas feridas de uma maneira irônica e irrestível.Mas continuo afirmando, é só a minha opinião, deixei bem claro nas Regras Sanitárias, que o jornal não é imparcial, e que o autor que se responsabiliza pelo que é veículado.Sinto muito se alguém se sentiu ofendido, mas faz parte de qualquer discussão a divergência de opiniões.A minha é essa:no fundo Harry Potter não passa de mais um filme High School no Halloween 😀

  9. Fábio disse:

    Por isso eu disse “parece”,porque sei que você não teve essa intenção.E é verdade,Memórias Póstumas nos faz refletir,pelo menos um pouco,sobre a conduta do homem,sobre seus valores,etc.Nunca li Harry Potter,ms acredito que Memórias Póstumas deve ser bem melhor.É verdade também que HP não nos faz refletir nada,não nos transmite nada,é apenas uma história fictícia e etc.,assim como O Senhor dos Anéis.Mas nem por isso eu deixo de gostar(no caso,de SdA e não de HP).Eu sei que é sempre bom ler algo que mexa conosco,que aguce nosso senso crítico…porém,não é por causa disso que eu não lerei livros como Musashi(apesar de pouca gente conhecer) e O Senhor dos Anéis.
    Bom,é minha opinião.

  10. Caroline disse:

    Fábio, quanto ao Senhor dos Anéis eu não posso falar, porque nunca li nem vi filme nenhum, então eu fico calada.
    Eu citei no texto O códico da Vinci como exemplo do boom de vendas literárias desses anos,mas não quer dizer que não preste.Dentre os que eu cite, aliás, acho um dos melhores.Embora o escritor pareça ter criado essa polêmica só para ganhar dinheiro, de qualquer forma, faz as pessoas pensarem, instiga o tema da história, da arte e da religião.
    Bom é isso 🙂

  11. Fábio disse:

    É,são esses temas polêmicos os que mais vendem.Especialmente os que envolvem o cristianismo.

  12. Caroline disse:

    É, por mais que eu tenha gostado, não vou esquecer de passar um “crivo” sobre esse livro, tenho que analisar quais as intenções do autor, ainda mais a badalação que vivem esses best-sellers.Até que ponto ele queria fazer polêmica baseada em trabalhos sérios(sim, ele inclusive tem processos de vários estudiosos do assunto)?E a própria J.K Rowling, que mérito ela teve no seu processo criativo?Histórias semelhantes já existiam, a maioria dos monstros também, ela reuniu tudo e fez um livro infanto-juvenil?Por mais que a leitura seja agradável, não podemos esquecer de levar em consideração esses aspectos.
    Por mais que eu tenha feito essas críticas, gostei da participação ativa dos comentários, porque cumpre o papel do jornal, de ser um espaço livre para expressão de opiniões.
    :*

  13. Fábio disse:

    Eu ainda não li o Código da Vinci que tenho em casa.Quando eu tiver lido,daqui há bastaaante tempo,talvez eu comente sobre o livro também.
    E quanto a HP,farei que nem você,Carol:como não li,ficarei calado.
    Ah,mas uma coisa:”nada se cria,tudo se copia”!É assim?!Hahaha. ><
    …brincadeiras à parte…

  14. […] atrás, fiz um texto mais geral, abordando os pseudo escritores,como Paulo Coelho, J.K Rowling.Foi uma crítica […]

  15. blá blá blá disse:

    Rowling é digna de pena. Nunca li nenhuma de suas obras, mas percebe-se que grande coisa não é. Posso fazer tal avaliação julgando as pessoas que lêem seus livros. Ou não.
    Enfim, acho que ela seja digna de pena. Soube de uma nota divulgada há um tempo atrás, algo um tanto quanto “estranho”. Nessa nota ela citava “oh grande força escura” – hahahaha, tá, não era necessariamente assim – ela abordava algo do gênero “vendo minha alma ao demo, hoje sou rica e famosa”.

  16. Vin´cius disse:

    Achei que uma das intenções do livro fosse ajudar ‘a mergulhar’, no caso de Harry Potter, naquele mundo de fantasia.

    Eu gosto de ler como um passa-tempo, um divertimento e gosto de mergulhar nas Histórias. Isso faz de mim um mal leitor?

    Você fala como se ler fosse um trabalho que devesse ser levado ao máximo. Eu já acredito que a leitura é mais, ou menos, se quiser pensar, do que isso. Uso-a para me divertir. E gosto da forma como uso.

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