Onde o Twitter errou

O Twitter praticamente parou de crescer. Observo essa rede social desde o seu auge, em 2009/2010, e agora vemos ela perder espaço para os números estratosféricos do Facebook. Desenvolvi algumas teorias com relação ao Twitter quando estava fazendo o anteprojeto de TCC e, na época,  essa rede social ainda não tinha perdido a relevância como está agora. Mas, por que? Seriam as ondas naturais da Internet, que crescem, explodem e depois somem ou tem mais a ver com má gestão?

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Por que o ensino de matemática seria mais importante que filosofia?

Segundo a Veja, por que não banir logo o ensino de Filosofia e Sociologia das escolas? Melhor, vamos explodir todos os cursos de ciências humanas, exceto Direito, das universidades? Não é a primeira vez que a Veja expõe, seja em matérias ou notas de rodapés, um discurso de supervalorização das ciências exatas em detrimento das ciências humanas. Esse tipo de afirmação é extremamente problemática, porque mesmo para a ciência mais “exata” do mundo, temos o ser humano como sujeito, pesquisador e, portanto, ser que interfere e interage.

Reinaldo Azevedo ainda publicou em seu blog um texto falando sobre isso. Quase vomitei. Mas vamos aos problemas desse discurso:

1- Parte da premissa de que o ensino de matemática no Brasil é uma bosta. Ok, é uma bosta mesmo. Mas tirar filosofia não vai melhorar a situação. Ou vai? Na verdade, os gregos, mais espertos que o tio Reinaldo, não viam muita diferença entre filosofia e matemática, por exemplo. Problemas matemáticos são problemas que envolvem lógica, um dos ramos da Filosofia. Mas ah, as pessoas nem sabem disso,afinal, não tinha essa disciplina na época delas, que pena.

2- Precisamos de mais engenheiros que pensadores

Por que? Ué, não era um acadêmico, intelectual, SOCIÓLOGO, o presidente ideal, que consertou o Brasil para a Veja? Será que ele sabe dessas barbeiragens? Que estão simplesmente desvalorizando o seu campo de estudo? Mas, voltando à questão. A raiz desse discurso está na instrumentalização da razão, quando o projeto de modernidade é “traído”. Explicando: os iluministas propunham que a razão libertaria o homem. O que aconteceu é que a razão se transformou em uma instrumento de dominação do homem. Ao invés de refletir criticamente sobre as coisas, a racionalidade se tornou uma forma de manutenção do status quo. Isso não é teoria conspiratória, queridos, é a realidade.

Ao pensar absolutamente de modo funcionalista, você está propondo o  condicionamento das pessoas. A nossa sorte é de que isso não é possível e só existe na teoria hipodérmica da comunicação. De qualquer modo, pensar de forma instrumental limita, cristaliza, congela.

Um cara que estuda engenharia simplesmente para construir máquinas pode ser muito útil como um instrumento. Mas ele é uma pessoa. E as máquinas que ele constrói vão ser usadas por …. PESSOAS. Será que a falta de reflexão sobre os impactos éticos (outro ramo da filosofia) e sociais não ajudaria a criar engenheiros, médicos melhores?

O mundo precisa também de pensadores. A ausência de reflexão nos leva para estupidez, obscuracionismo e paralisa vários setores da sociedade. Por falta de reflexão acerca da própria vida, muitas pessoas apelam para livros de auto-ajuda ou pior, suicídio. Não é à toa que um dos maiores exemplos da Veja quando se fala em educação é a Coréia do Sul. Mas vai verificar os índices de suicídio lá. Duplicaram nos últimos anos!

Química, biologia, matemática, física são tão importantes quanto sociologia, filosofia, história, geografia. Outra coisa: essas ciências podem ter seus campos específicos, mas estão sempre se comunicando, trocando conhecimentos.

Pode-se resolver uma questão a partir da filosofia, da física e da geografia. Acho que o maior desafio para um aluno de Ensino Médio é não enxergar essas disciplinas como uma coisa compartimentalizada. No dia-a-dia, tudo acontece ao mesmo tempo, essas divisões são apenas para fins didáticos e metodológicos.

Também não é coincidência que o novo ENEM tenha esse enfoque. O vestibular antigo nada mais é que a materialização daquela razão instrumental, de decorebas, fórmulas e nada de raciocínio ou crítica.

3- Quem defende essa disciplina é tudo comunista, marxista e sindicalista bêbado

Senti agora Socrátes, Kant, Nietzsche, Durkheim se revirando nos seus túmulos filosóficos. Não vou negar, existem muitos “professores” que se deixam contaminar por seus posicionamentos ideológicos, assim como uma certa revista, mas enfim, isso é problema do professor. O método de ensino da Filosofia ou da Sociologia não é inerentemente marxista. Se assim o fosse, está afirmando que as ideias do Marx existem faz mais de 2 mil anos. Confere?

O que está por trás disso? Por que essa insistência? Se Filosofia e Sociologia fossem ciências tão inúteis e inofensivas, não haveria esse mimimi todo ai. Bom, acontece que o estudo dessas disciplinas estimula a reflexão e a crítica, naturalmente uma oposição à razão instrumental. Pensar demais pode ser periogoso para nossas crianças, vamos deixa-las ser a mão-de-obra comportada. Ainda mais, se começarem a questionar tudo, vai feder pra revista. Quem não deve, não teme.

Ao defender que algumas coisas não precisam ser discutidas, Reinaldo Azevedo está propondo a volta para  a escolástica, modo de ensinar MEDIEVAL – isso ae – em que os alunos liam os textos e concordavam com tudo, aceitando esse material como verdade. ORA ESSA!! A ciência nasceu justamente porque as mentes brilhantes começaram a questionar isso.

Dos questionamentos nasce a ciência. De muitos avanços da ciência, a Engenharia se aprimorou, tanto como técnica quanto como campo de estudo.

Sem a epistemologia  (ramo da filosofia de novo, não tente fugir), as ciências nunca poderiam se desenvolver, contestar suas próprias teorias, enfim, continuar se movendo. A diferença da razão instrumental para a razão crítica é que a primeira te aprisiona, te cristaliza, te condiciona. A segunda sempre tá te levando para os limites, seja de conhecimento sobre química industrial, seja sobre semiótica do discurso político. Não importa.

Sempre serei a favor do conhecimento e da não-hierarquização do mesmo. Os comentários do Reinaldo são fruto de desconhecimento, preconceito, de alguém que não sabe nem por onde passa a Filosofia e Sociologia. Para ele, essas duas disciplinas são sinônimo de Karl Marx. Acho isso quase paranóico, fica vendo o cara e o Lula em tudo quanto é lugar. Freud explica? Ou vamos apelar para a matemática?

Bom, ainda tinha tanto pra escrever, mas fica um pouco da minha indignação. Precisava dar a descarga nisso daqui hohoho. Reinaldo, ninguém aguenta seus textos. Siga seu próprio conselho e vai fazer engenharia. Só não vai surtar achando que o Marx tá em um circuito integrado, please.

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Direito, liberdade e o mimimi das empresas de comunicação

Aloha!

** Antes de mais nada, quero deixar claro que vou tentar ao máximo não demonizar a mídia. É difícil, mas sabemos que a responsabilidade pela comunicação não é somente dos veículos de comunicação, mas de todos nós. (own) . Vamos lá:
Quando o jornalismo surgiu, vieram junto os discursos que legitimaram a sua razão de ser – para qualquer coisa se manter socialmente ela precisa de um argumento, pode ser uma falácia ou não. Uma delas é a de que o jornalismo é um mecanismo de defesa da sociedade civil contra o Leviatã estatal. Faz sentido quando pensamos que o jornalismo surgiu ao lado das revoluções burguesas. (e esse meu primeiro parágrafo repetindo jornalismo ad aeternum?)

Enfim, people, por que fiz essa introdução? Para mostrar como historicamente o jornalismo criou mitos. “Qual o problema dos mitos, dona Carol?”. O problema é que eles começam a distorcer a forma como percebemos a realidade e no caso do jornalismo, melhor, da comunicação,acaba confundindo as pessoas. E essa confusão é usada como estratégia argumentativa para defender interesses políticos e econômicos.

Umas semanas atrás, a mídia brasileira em geral começou o mimimi em torno de uma moção apresentada no último congresso do PT. A proposta em questão diz respeito a um marco regulatório dos veículos de comunicação. Li na Veja, não só numa edição, como a proposta era reflexto do “autoritarismo dos petralhas”. Tudo bem, né, quem falava era a Veja. Mas acontece que fui dar uma passada no Observatório de Imprensa e encontrei textos com uma opinião mais ou menos parecida.

Formar opinião sobre o assunto é complicado – clichê. Apesar de ser um tema complexo, acredito que temos que inciar uma discussão na sociedade sobre a regulação da mídia. Não concordo com a postura de alguns veículos de simplesmente fingir que isso é fruto de uma alucinação petista-stalinista.

Deixo aqui o tema em aberto para qualquer um opinar, mas vou enumerar algumas proposições fruto daquele mito jornalístico que citei no inicio do texto:

1- Regular = censurar

Os veículos de comunicação alegam que marco regulatório é só uma expressão para substituir a censura. Palavra feia, que sempre é associada às manchas na história política brasileira: DIP, Ditadura Militar, tortura, imprensa acuada.

Na realidade, não são termos equivalentes, já que regular é um imperativo social. Regular é criar leis e mecanismos que assegurem a ordem social. Ser contra a regulação é ser a favor do estado de natureza hobbesniano do homem (você pode ser, mas assuma isso, baby) ou anarquista.

Em qualquer lugar, a lei equilibra e media as relações de poder na sociedade. Um princípio de uma democracia moderna é de que nada está acima da lei. NADA. Nem políticos, nem eu, nem jornalistas, nem empresas e, finalmente, nem a imprensa (que é uma empresa também, há).

A mídia pode tentar confundir as pessoas, evocando o mito do 4º poder. Pergunto: se a mídia é uma instância de poder equivalente aos outros 3, por que só ela não precisa se submeter às leis? A imprensa às vezes aspira ser o judiciário, mas mesmo este está sujeito às leis. soo…

Censura é quando o jornalista descobre um fato, mas não pode divulga-lo porque o patrão não quer. Censura é quando a mídia erra e não dá direito de resposta. Censura é quando o cinegrafista e o jornalista tem que desvia de uma placa criticando o seu veículo atrás do repórter. Censura é quando o veículo não admite os seus erros do passado e seu posicionamento atual. Censura é quando uma edição omite fatos. Censura é quando uma edição desrespeita a tragédia alheia, mostra corpos sem pudor, explora a tristeza, a miséria, o sofrimento humano pensando apena na tiragem do jornal ou na audiência.

2 – Capitão Imprensa (Os veículos de comunicação servem para defender o povo dos políticos inescrupulosos)

Tá certo que o Clark Kent e o Peter Parker trabalhavam em jornais, mas não se engane: quem edita tudo é o J. J Jamenson!! (ignorem piada nerd). Ok, como eu disse no inicio do texto, o jornalismo se reveste desse mito de escudo da sociedade civil. O problema é que isso só é possível, teoricamente, se determinado veículo não for atravessado por interesses econômicos/políticos. Ou se auto-sustentando, o que já se provou impossível, ou que escravize jornalistas – espera, eles já fazem isso, mas enfim. Uma proposta é o financiamento público, como acontecem com algumas redes européias.

A questão é que mesmo com o financiamento público essas redes sofrem quedas de audiência e um gradual sucateamento ao tentar concorrer com as tvs comerciais. Não sei realmente a solução para esse problema, mas, voltando ao assunto, os veículos de comunicação são em sua maioria empresas ou ligadas ao Estado. Onde entra a sociedade civil ai, hein?

Os fins não justificam os meios e um erro não justifica o outro. Dois provérbios que ilustram qual deve ser a postura ética de um jornalista. Grampear telefone de político para saber das maracutaias é CRIME. Isso não é trabalho de jornalista, isso é cometer um crime para denunciar outro. Ou seja, totalmente inválido. Não que o político em questão não possa ter sim suas falcatruas. Maaas, se formos aplicar essa regra, vamos começar a fazer “justiça com as próprias mãos”, expressão até errada, já que não há nada de justo. Pelo contrário, se perde a razão quando se comete um crime para denunciar outro.

Não se iludam quando a imprensa diz que é imparcial ou quando ela mostra tal político sendo acusado de corrupção. Ela não faz isso para o bem da sociedade, para o esclarecimento da população. Isso não existe, sempre ela vai tomar um partido, seja ele político ou econômico. A diferença é que uns (poucos) veículos assumem seus posicionamentos de modo claro e honesto. Outros preferem agir dissimuladamente. E agora? Quem poderá nos defender??
3- Jornalistas exercem liberdade de expressão ao escrever para veículos

NÃO. Simples assim. Jornalistas só se expressam, quando ombudsman do jornal não recomenda o contrário, no Twitter ou blogs. Em casos raros, criam seu próprio jornalzinho. A não ser que você tenha uma coluna sobre “psicologia” e fique divagando sobre “fórmulas da felicidade” ou, ainda, que você seja um colunista com opinião idêntica ao editorial do veículo, então você NUNCA expressará sua opinião ou vontade na mídia. NUNCA! Ai voltamos para aquela lenda de que os jornais são imparciais e bla bla bla. O fato, em si, é imparcial, mas filosoficamente e semioticamente eu tenho um zilhão de argumentos que mostram de modo lógico como é impossível representar a totalidade de um objeto. Sempre será um angulo, uma parte da ideia que, ainda por cima, sofre influência da nossa subjetividade.

4 –  Ah é? E quem vai regular? Políticos inescrupulosos? Oh, não, de novo não!

Muita calma nessa hora. Na verdade, não existe nenhum projeto sólido sobre o tema. Criar leis específicas para a imprensa? Mas para que, já que o código penal já prevê os crimes de calúnia, difamação? Bom, para inicio de conversa, muitas questões dispostas na constituição não são cumpridas pelos veículos de comunicação. Se você quiser saber um pouco mais, é só dar uma procurada na Constituição ou conferir algumas decisões tomadas durante a última Conferência de Comunicação (Confecom), que aconteceu em 2009, se não me engano.

Whatever, como eu dizia, quem vai nos proteger? Bom, uma proposta que eu acharia interessante seria a criação de conselhos formados por representantes da sociedade civil. Esses conselhos garantiram o cumprimento das normas estabelecidas na Constituição referentes à imprensa e MAIS: serviram como uma forma de proteção. Por exemplo, antes de uma matéria ir ao ar, se ela for “problemática”, ferir a ética ou desrespeitar alguém, o conselho pode alertar o veículo. Censura? Censura é exibir uma matéria denegrindo a imagem de alguém sem se basear em fatos. Depois que algo é divulgado, dificilmente se consegue apagar. A mídia erra, porque é produto do ser humano. Mas não podemos deixar que esses erros passem batido. Um deslize pode destruir para sempre a vida de alguém (é sério isso)

Essas questões que apresentei aqui são apenas uma parte infíma da discussão sobre a democratização da comunicação, que interessa a todos.Desculpem se foi mal desenvolvido, as ideias ainda estão se organizando aqui. Mas participem!

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Embates feministas: beleza x inteligência


Costumo ler os textos do blog da Lola Aronovich, o Escreva Lola Escreva. É muito bacana, às vezes encontro coisas que eu gostaria de falar sobre, principalmente com relação aos blogs machistas e piadinhas que pipocam o tempo todo na web. Apesar disso, de vez em quando encontro nos textos – e no discurso de algumas colegas que se dizem feministas – uma clara aversão à vaidade feminina (colocada como uma imposição masculina e das empresas/mídia que criam padrão de beleza etc) ou qualquer outra coisa relacionada à moda, maquiagem e aparência. Por fim, chegamos à dicotomia beleza x inteligência. Esse tema tem se mostrado muito problemático e creio que seja digno de uma discussão mais aprofundada, principalmente dos que defendem a causa feminista.

Em primeiro lugar, não acredito que estejamos vivendo em um mundo de fronteiras fixas, divisões absolutas ou qualquer outro sonho cartesiano/platônico. Beleza não exclui inteligência e vice-versa, assim como ser mãe não exclui trabalhar, e ser feminista não significa ser desleixada e usar roupas feias.Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas me parece que essa marca no discurso seja resultado de um conflito ideológico da modernidade. A separação artificial entre corpo e mente e uma desvalorização do primeiro é um pensamento tipicamente moderno e que já sumiu do Zeitgeist atual, mas prevalece em alguns discursos, como o feminista.

Se não me engano, foi Kant que afirmou que a ordem está na nossa cabeça, ou seja, nossa mente que cria esses limites e divisões. É claro que precisamos disso, é o que Freud chama de consciente e, segundo o pai da psicanálise, sem isso estaríamos mergulhados nas profundezas da psiquê. De qualquer forma, não podemos levar tão à sério e de forma absoluta nossa consciência.

Agora chega desse bla bla bla acadêmico. Vou contar uma historinha: quando tava naquela fase de formação da personalidade, conhecida como adolescência, adotei – mesmo que inconscientemente – muito do ideal feminista. Também passei pela fase de rejeitar tudo aquilo que considerasse coisa de dona de casa submissa, culpando o batom e as revistas adolescentes pela imbecilização das meninas. Essa rejeição do feminino, depois percebi, era na verdade uma falta de referências. Para mim era assim: mulheres que se preocupavam com aparência eram burras e fim. Por que? Porque eu automaticamente relacionava a ideia de beleza com todos os esteriótipos e referências de mulher burra.

Mulheres belas,  inteligentes e… que ajudaram o movimento feminista

Com o tempo eu amadureci – acho – e percebi que existem mulheres inteligentes, bem-sucedidas e vaidosas. Uma delas, veja só, tinha até um quê feminista: Coco Chanel (1883 – 1971) é até hoje para mim uma referência não só de estilo, mas de como uma mulher pode ser bonita a partir dos seus próprios conceitos (ela revolucionou a beleza feminina no inicio do século XX), além de ter seu próprio negócio, seus amantes e não depender de homem nenhum para sobreviver. Apesar de umas manchas na biografia que eu não aprovo, como ser espiã para os nazistas, Chanel era ousada e estava à frente do seu tempo, influenciando até hoje o modo de vestir das mulheres (e por que não o modo de ser também?).

A estilista também lia muito, incluindo autores como Nietzsche, além de manter contato com artistas revolucionários da época, como Picasso e Stravinsky. Isso numa época em que existia literatura para mulher e literatura para homem (quando a mulher podia ler e tinha educação).

Outro exemplo  é um ícone pop e também um símbolo sexual que marcou gerações: Madonna. Creio que em termos de revolução, essa cantora proporcionou uma libertação sexual das mulheres no âmbito cultural, fortalecendo movimentos que começaram no final do século XIX e que tiveram seu ápice nos anos 60. Muito da postura da Madonna não é de submissão, mas de enfrentamento de tabus sociais e sexuais.

Quem não lembra do escândalo que foi o vídeo Justify My Love? Da discussão que Papa Don’t Preach iniciou em pleno anos 80? E Like a Virgin? Pessoal pode não levar à sério, mas tem que concordar que cantar sobre aborto e virgindade três década atrás não era fácil.

Isso sem mencionar outras figuras importantes na música, como as bandas feministas, rockeiras etc.

Beleza e imposição de padrões

Muito se fala também entre as feministas sobre o padrão de beleza absurdo que impõe para nossas pobres adolescentes. Que cada vez mais cedo as meninas estão usando maquiagem, pintando as unhas etc. Tenho algumas observações à respeito:

1- Padrão de beleza sempre existiu e foi variando conforme a época e sociedade, mas na nossa você tem a escolha de segui-lo ou não. Como afirma o autor Gilles Lipovetsky, o império não é da moda, mas da efemeridade, ou seja, o padrão não é fixo e é menos impositivo do que supomos. Alguém fora de moda no máximo ouve risadas, mas não é perseguido e executado. Além disso, a maioria das pessoas nem segue a moda, porque ela se tornou no contemporâneo um sistema cada vez mais flexível e fragmentado. Por exemplo, no passado, a moda era vestido com cintura marcada, por exemplo. TODO MUNDO usava isso por uma estação inteira. Hoje em dia isso é muito raro, no máximo observamos esse padrão em pessoas ligadas diretamente ao mundo da moda.


2- Com relação ao padrão de beleza corporal, concordo que é um absurdo todo mundo usar silicones imensos, tomar remédios para emagrecer, fazer mil dietas doidas só para ficar magrinha. Isso não significa que você vai jogar sua saúde no ralo, praticar exercícios e se alimentar bem é importante. Benefícios estéticos são apenas consequências secundárias. Quanto aos silicones, acho bom não colocar por modinha, porque, como disse anteriormente, modas são por natureza efêmeras. Cirurgias são caras e é preciso bom senso para ficar legal. Se mesmo assim você quiser colocar, sem problemas, só aconselho a escolher uma prótese proporcional ao seu tipo físico, além de sempre falar com um médico antes.

3- Sobre meninas usando desde cedo maquiagem, não acho saudável e tenho até medo de meninas metidas à adultas, mães criando monstrinhos-misses etc. Fico horrorizada com aquelas mães do programa Pequenas Misses, que passa num canal de TV fechado. Parece que transformam a filha em bonecas. Teve um episódio que a menina, de uns 3 anos, ouvia uma bronca da mãe porque tava com sono e fome, mas tinha que desfilar.

Cada fase tem suas características e eu acho que a infância é para termos liberdade para brincar, aprender etc. Agora, se a criança por si só já tem vontade de ser uma mini-adulta, acho bom os pais orientarem que com a aparência de um, você também ganha as responsabilidades.

Bom, é isso gente. Espero que meus leitores e leitoras vejam esse texto como um ponto de partida para um debate sobre o assunto. Como eu falei em um post anterior, é preciso que o movimento feminista discuta suas controvérsias e que leve essa discussão para as mulheres. Caso contrário, vai acabar se afastando delas e dando combustível para machista que acha que toda feminista é feia e lésbica. Não que isso seja ruim, é uma escolha de cada um, mas não podemos mais viver de esteriótipos. Pelo bem do movimento.

Beijos de quem é mulher, feminista, lê livros e compra maquiagem.

UPDATE: Li um comentário muito legal no guest post no blog da Lola que deu origem a este post aqui. O texto é de uma mãe que se considera feminista e uma das filhas adolescentes quer ser miss. Confiram:

Yuuko disse…Oi, Lola, Oi mãe preocupada! Leio o blog há tempos mas nunca tinha me encorajado a postar. Tenho 15 anos também, e acho que uma visão de dentro sempre ajuda.

Eu acho irônico que, depois de anos e anos de filhas libertárias teimando com mães conservadoras, temos agora o contrário. Os filhos tendem sempre a se rebelar contra os pais, e talvez essa seja a forma da sua filha de chamar atenção. Sua outra filha, feminista, etc se parece mais com você e logo ganha um posto de “preferida”(mesmo que não o seja. Sei porque cabeça de filho é sempre igual, fica caçando motivos pra ser “inferior” aos irmãos, etc). E ela, como resolveu se adaptar a sociedade pra não sofrer tanto desde pequena, o que não é nada covarde- quando se é pequeno, você é frágil e tudo lhe atinge, e as pessoas lidam diferentemente com isso. Algumas conseguem não ligar, mas a maioria acaba chateada. (Ela tentou se adaptar e se incluir quando trocou as camisetas e tênis por sandálias e muito cor-de-rosa) pode se sentir rejeitada no ambiente familiar e quer se destacar aonde conseguir, aonde abrirem as portas. É um ciclo vicioso, mas começou antes que ela tivesse consciência dos seus atos e agora não vai parar.

Meu conselho é que você não desincentive ela a usar maquiagem, ser “feminina” e “fazer coisas de mulher” (DETESTO esses termos, mas vocês entenderam o que eu quis dizer.) A culpa não é da maquiagem, nem do cor-de-rosa, nem da depilação ou no silicone. É injusto julgar as pessoas por isso. É um contra-preconceito. Eu mesma, uso maquiagem e gosto de rosa, tanto que meu cabelo é dessa cor. E não sou escrava de revistas de beleza e etc, sou feminista e por mais que ainda não tenha opiniões totalmente sólidas e de base firme pela minha pouca idade, luto muito pra conseguir chegar a isso. Esses fatores tão criticados(barbie, moda, cor de rosa, maquiagem, silicone) são apenas as consequencias, e não as causas.O feminismo é o direito da escolha, acima de tudo.

A grande questão é: O que sua filha quer com isso?

Ser magra, ser como as modelos, ganhar concursos de beleza, tudo leva a um mesmo ponto: Atenção. Em algum lugar bem dentro dela ela se sente rejeitada, em casa e agora no mundo exterior.

Não proíba. Proibir atiça, cria vontade, tem todo o sabor do desafio. Incentive ela a fazer o que ela gosta, mas de maneira saudável. Se ela quer emagrecer, procure um endocrinologista e faça uma reeducação, que além de tudo ainda ajuda na saúde e qualidade de vida. Se ela quer se sentir na moda, mostra pra ela os segmentos, tudo que moda engloba (porque moda não é só futilidade, é apresentação, uma das expressões que você tem de sí mesmo que compartilha com o mundo. E eu pretendo trabalhar nesse ramo que ao mesmo tempo que é com razão criticado, é muito vilanizado e “demonizado” sendo que engloba muito mais que modelos na passarela e estilistas famosos supervalorizando o que fazem pra sua marca ser sinônimo de status. Moda tá no dia-a-dia). Feminismo, como disse, é escolha. Uma mulher tem direito de colocar silicone sem ser criticada e chamada de artificial, escrava da moda e tudo o mais. Todos nós queremos ser aceitos, e se o corpo é dela, ela que faça o que bem entender. Você como mãe, enquanto ela é menor, faça e ajude sua filha se sentir bem, se sentir aceita principalmente no ambiente familiar. Nessas circunstâncias,tirá-la da escola é uma boa opção, mas você nunca vai conseguir esconder ela da mídia, então dê apoio e encaminhe ela pros resultados que ela quer de uma forma saudável, mostrando sempre as opções que ela tem. Quando você proíbe uma opção só, ela se torna deliciosa, e ignora-se os pontos ruins dela. Mas quando você mostra todas as opções possíveis, ela pode enxergar o que há de bom e ruim em todas elas, e dá pra avaliar calmamente. O que você não pode fazer é agir como uma ‘conservadora’ só que com opiniões as avessas. Isso beira a hipocrisia e vai de encontro a tudo que você acredita. Boa sorte! 🙂

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Disputa de classes nas redes sociais online : preconceito e ascensão social

Reproduzo abaixo um comentário que fiz no ótimo texto “Orkutização e Preconceito”, publicado no blog do  meu colega Diego Paes. Esse tema gera bastante controvérsia, mas achei importante começar essa discussão também no Jornal Sanitário.

Muito do movimento que gerou o termo “orkutização” é, na verdade, uma reação da classe média brasileira com relação à ascensão social que o Brasil viveu nos últimos anos. Mesma coisa quando reclamam que “popularizou o carro”, por isso o trânsito tá uma merda ou que “popularizou o avião”, por isso o caos aéreo.A culpa não é dessa nova classe média, é da falta de estrutura desses sistemas, já que o governo e algumas empresas não estavam preparados para essa mudança social.

A classe média tradicional, em muitos casos, age de forma egoistamente irracional. Se sente incomodada com coisas que não afetam em nada a vida, como uma empregada doméstica começar a estudar; um negro ter um carro caro; um miserável conseguir se estruturar a partir de programas sociais.

Acho que na internet ainda é mais irracional: não existe bem material na internet. Ninguém perde alguma coisa quando aumenta o número de pessoas de classes menos favorecidas numa rede social online. Pelo contrário: isso quer dizer que os mercados estão se tornando mais diversificados, que essas pessoas estão tendo acesso à comunicação, à cultura e à informação.

Essa reação, típica da classe média estabelecida é preconceito e, pior, hipocrisia. Hipocrisia porque é uma classe que adoraria ascender socialmente e faz isso dos modos mais ridículos possíveis tentando imitar a classe mais rica com suas bilhões de prestações e pacotes turísticos.

Acrescento que já me envolvi com discussões à respeito, principalmente porque não entendia essa história de orkutização. Inicialmente, achei que tinha a ver com a proliferação de spams – motivo pelo qual deixei o Orkut e estou querendo largar o Facebook e Twitter- mas depois soube que o termo se refere ao uso que pessoas de classes menos favorecidas fazem dessas redes sociais.

Acho engraçado esse povo que zoa a favela, a baixada, a periferia. Se já vemos absurdos, não só ortográficos (maioria das pessoas reclama disso), mas também de pensamento pequeno na nossa feliz classe média, imagine se essas pessoas não tivessem acesso à educação, alimentação, cultura e tudo mais como acontece na periferia? O que eu já ouvi de besteira saindo da boca de riquinho não é brincadeira. Merda não escolhe bolso, não.

“Quero que se exploda a periferia toda”?

Ao invés desse pensamento mesquinho, que tal fazer um esforço no sentido contrário? Vamos integrar e respeitar  a cultura da periferia – não de um modo artificial e tosco como alguns antropólogos querem – para transformar a internet num espaço verdadeiramente livre e plural, não em nichos fechados e restritos à classe social. Não é da natureza da Internet dividir as pessoas, encarcera-las em seus bairros, classes sociais ou etnias. Por que ir contra isso?

Por que não posso aceitar uma pessoa pobre no meu perfil do Facebook? Sério que dói? Não seria melhor ver essa pessoa como um possível amigo, como PESSOA MESMO e não como um esteriótipo de classe social?

A periferia é nossa “sombra” social, em termos mais ou menos jungianos. Ou seja, é aquele lado que a sociedade não quer assumir, prefere fingir que não existe ou se fastar agressivamente, como se não fizesse parte dela. Mas a pobreza é uma realidade e, ao invés de fingir que ela não existe, o melhor é tentar incorpora-la ao todo, aceita-la como um lado triste da humanidade, mas que depende de todos nós para mudar.

Não vejo problema algum de que a miséria desapareça ou que a pobreza diminua. Isso não me afeta diretamente, mas sei que vai ter grandes consequências sociais. Todas positivas, mas é preciso preparo das estruturas e sistemas. No caso das redes sociais, só precisamos de bom senso mesmo.

O mundo dá voltas

Uma coisa engraçada é que parece que já o ouvi essa história antes. Por volta do século XIV, na Europa, a burguesia começou a ascender socialmente e a “invadir” espaços antes restritos à nobreza. Os nobres ficaram irritados e foram criando mil regras e procedimentos num esforço de  afastar ao máximo os burgueses. Regras de etiqueta, de linguagem, as roupas mudando o tempo todo, ficando cada vez  mais sofisticadas e complexas para diferenciar as classes. Em contrapartida, burgueses começaram a comprar títulos, criar organizações e formas de representação política que se tornaram o gérmen da democracia moderna. O final da história todo mundo sabe e vejam só quem anda agindo como nobre agora…

#classemediasofre

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Deixem-os relincharem

Texto: Vitor Lillo – Santos – SP

Em São Paulo, cidade onde o número de problemas supera o de habitantes, o grande assunto da semana é uma lei do vereador Carlos Apolinário (DEM) que institui “O Dia do Orgulho Hetero”. É uma resposta não só à Parada do Orgulho Gay – que não possui lei alguma que a ampare – como também, na minha humilde opinião, a todas as iniciativas do poder público que visam garantir os direitos da minoria GLBT. E também a um processo de aceitação dessa minoria que, ainda a passos trôpegos, segue imparável. Ainda bem.

Ouvi todos os argumentos contrários ao projeto. Que é descabida a idéia de se proteger uma pretensa maioria pela força da Lei. Que não há como celebrar o orgulho de uma determinada opção sexual enquanto a outra sofre cotidianamente com o preconceito, a violência gratuita e uma opressão velada de uma sociedade reconhecidamente conservadora.  E, por fim, que esse “Dia” visa dar holofote a determinados grupos que mereciam o ostracismo. Argumentos válidos. De fato, é lamentável um projeto como esse ter passado pelo crivo dos representantes de todos os munícipes (gays ou heterossexuais) e estar prestes a ser sancionado pelo prefeito.

É também deprimente ver um representante do povo tão empenhado em levar adiante uma lei que promove não o progresso, mas, o retrocesso da sociedade. Ocorre que, partindo essa lei de quem parte não me surpreende. Apolinário é o típico representante do eleitorado evangélico que em qualquer município do País, pequeno ou não, tem grande importância. E, para esse grupo, o homossexualiadade é um tabu. É óbvio, portanto, que ele está “jogando pra torcida”. Para o vereador, que tem uma passagem medíocre pela Câmara, aprovada ou não, essa iniciativa o mantém vivo na lembrança dos seus eleitores e forte em seu “curral” eleitoral. É assim que ele se garante no poder.

Por todos estes motivos sou contra a lei que institui “O Dia do Orgulho Hétero”. Mas, pessoalmente, não seria contra uma “Parada” dos orgulhosos heterossexuais, se esta fosse organizada. Ainda que eu prefira passar esse dia num bar com meus amigos gays a ir numa manifestação de rua.

Isso porque – muitos gays, esclarecidos até, não entendem isso – pior é este cenário hipócrita que hoje vigora. No qual todos dizem pela frente que os gays “são cidadãos como quaisquer outros e livres para viver como quiserem”, mas, pelas costas, dizem que “são uns sem-vergonha”. É este mesmo cenário que dá aos imbecis potencialmente perigosos a sensação de que podem dar com uma lâmpada na cabeça de “um bicha” na principal avenida da cidade ou espancar “um viado” até a morte que “não tem problema, todo mundo acha essa coisa de dois homens e duas mulheres se beijando uma nojeira”.

O “politicamente correto” se converte em instrumento para fins incorretos. Pois no afã de se “varrer para debaixo do tapete” um debate franco sobre a homossexualidade, perde-se a oportunidade preciosa de fazer as pessoas pensarem por si próprias, sem a interferência do consciente coletivo. Quando paramos de questionar, a Ignorância impera. E é nela que a mensagem esdrúxula, retrógrada dos “falsos guardiães da moral e dos bons costumes” ganha ressonância e alimenta a loucura dos bárbaros.

Enganam-se aqueles que veem no ostracismo a melhor estratégia para neutralizar os homofóbicos. Porque é na sombra que os skinheads e os fanáticos religiosos se protegem e ganham cada vez mais em força e periculosidade. Aqueles que tanto falam em “nazificação” da sociedade paulistana deveriam, com todo o respeito, estudar mais História. Se o fizessem descobriram que foi justamente durante o ostracismo que o Partido Nazista se estruturou e Adolf Hitler escreveu Mein Kampf.

Somente a exposição dos homofóbicos, bem como de seu “arcabouço ideológico”, fará com que suas teorias caiam por terra. E por um simples motivo: elas são infundadas, absurdas, execráveis. E hoje podemos dizer, ao contrário dos alemães da década de 1930, que vivemos em um mundo interconectado, onde as informações circulam tal como o ar e uma revolução pode ter início num tweet. O mundo não é tão colorido, nem tão acinzentado.

A razão de ser da Democracia está na contraposição de idéias. E é graças a ela que os gays são ouvidos e ganham cada vez mais espaço na sociedade. A própria Parada Gay está aí para provar isso. Aos fanáticos e retrógrados que tentam sabotar o estilo de vida livre, que se responda com mais democracia. Se for para aprisionar os fanáticos e retrógrados, tal como burros num curral, que seja então na sua própria ignorância.  Deixem-nos relincharem!

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Brasil não é um país preconceituoso

E a frase acima é uma das maiores falácias da história brasileira. A ideia de que, diferentemente de outros países, o Brasil não discrimina negros, homossexuais e mulheres acaba reforçando o preconceito e a hipocrisia da sociedade brasileira. E você, qual seu preconceito?

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Verão em Salinas:buracos

Porque Salinópolis não é só “o Saaaal” da classe média de Belém: também foi atingida por uma intensa chuva de meteoros – mas que não vieram do espaço e sim da prefeitura. Foto tirada dia 01/07/2011 em uma das ruas que cortam a cidade.

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Pioneiro = melhor? A crítica de Belém acha que sim.


Claro que pioneirismo é uma qualidade. Afinal, ter uma ideia diferente de todo mundo, iniciar um projeto inovador – só ter a sacada do projeto já é válido – é para poucos. Mas e quando isso começa a se transformar em uma justificativa quase plausível para pouca qualidade e o pior: para a falta de crítica

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Privatizando as cores?


Direito autoral é o tipo de coisa que sempre me deixa irritada. Não, não estou falando dos DVDs piratas sendo vendidos na porta da universidade. Também não estou me referindo ao donwload de músicas,às cópias escrachadas de TCCs ou à cópia de conteúdos e piadas entre blogs.

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Mudanças no Jornal

Olá leitores!

Como vocês podem ter percebido, estou tentando mudar – sem sucesso – o template do Jornal Sanitário. Quando encontro um legal, acho a fonte feia ou não combina com a proposta do blog. Queria pedir uma ajuda dos leitores experientes no WordPress para dar um jeito nisso. Será que é melhor comprar um domínio? Eu só queria aquele sistema de site de notícias – suuuper simples:  slideshow das imagens das principais notícia + 3 blocos das últimas postadas. Prontinho, só isso, minha gente. Quem puder me ajudar, envia um e-mail caridoso para csaraujo1@gmail.com

Beijos sanitários (que brega rs)